domingo, 3 de agosto de 2014

Nosso começo



Primeiro dia de aula novamente. A mesma rotina se iniciará. As mesmas pessoas? Talvez. O primeiro ano não é fácil. O jeito é esquecer tudo que você conhecia antes e recomeçar do zero. Por sorte algumas coisas continuam intactas. Aquelas amizades de anos e anos. É basicamente nessa época que você descobre quem as pessoas são de verdade. O jeito é seguir em frente. Fazer novas amizades, novos amores. Foi nisso tudo que eu conheci ele.

Ô menino, se você soubesse quantas vezes tive vontade de me sentar ao seu lado e puxar assunto. Mas o destino é um tanto estranho. Certo dia, não lembro ao certo, fui obrigada à sair do meu lugarzinho em frente ao ar-condicionado e ao lado da janela, para me sentar em uma mera classe ao meio da sala. Com má vontade tive de aceitar a decisão de minha professora e aturar um dos alunos repetentes que se sentara à minha frente. Essa foi a melhor coisa que podia ter acontecido. 

Ele foi chegando de fininho. Aos poucos. Bem devagar foi conquistando o que faltava em meu coração. Tentei não demonstrar muito interesse, pois pensei porquê um garoto igual à ele iria gostar de alguém como eu? Quer dizer, eu não sou do tipo fácil, mas também, só de olhar para ele já me fazia perder o chão. O o seu jeito de me irritar, de mexer no meu cabelo, de me fazer cosquinhas, só fez o sentimento crescer. Até que então aconteceu e tudo foi simplesmente perfeito.

Em nossa sala mais casais se formaram. E os meses passaram. Descobri seus medos e pontos fracos, suas manias, seus sonhos, seus planos. Nosso sentimento só crescia a cada dia que passava. Engraçado, a pessoa pode errar e mesmo assim nós perdoamos apenas por medo de perdê-la. Hoje em dia nada mudou, o sentimento é o mesmo e só aumenta. Nossos colegas que antes eram casais, agora não passam de meros amigos, ou apenas conhecidos. Como ele mesmo me falou um dia: entre todos de nossa sala, o nosso amor era mais forte, e assim será eternamente, se Deus nos permitir.

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